Sou um contador de histórias e há quem goste de ouví-las!!
Mas sem pretensões científicas ou filosóficas, apenas dando uma boa viajada na maionese, pois é assim que nasce um bom papo...
Sem a intenção de reunir uma multidão, afinal, isso aqui é privilégio de poucos...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A proteção

   Sabe, quando os filhos crescem...ah se eu pudesse explicar.
   
   Meus filhos hoje são adolescentes que se maravilham e sofrem ao mesmo tempo as dores da maturidade que se aproxima. Crescer só dói mais que neles, quando dói em nós: pai e mãe que assistem as tentativas toscas de vôos iniciais, cheias de possibilidades desastrosas.
   Já a algum tempo venho sentindo espasmos de saudades do tempo em que os pegava cada um numa perna, aninhados em meu colo no sofá, e os protegia dos perigos do mundo; tempo em que diante de ameaças iminentes bastava tirá-los do mundo dando-lhes um bom banho no final da tarde, seguido de uma boa bananada de liquidificador servida com biscoitos. No aconchego do nosso cantinho feliz; que mesmo sendo muito humilde apresentava-se bem como o "melhor lugar da vida".
   Desde que comecei a sentir essas coisas que venho tentando resgatá-las: um passeio no shopping em família ou uma praia no fim de tarde...não consegui. Quem ia comigo, embora fossem eles meus filhos, já são outras pessoas. Ações e posturas que delimitam claramente a distância que estamos daquilo que sinto falta...
  
    Mas, do que é mesmo que sinto falta? 
   Sinto falta do tempo em que conseguia protegê-los de sofrer. Sofrer com amores desiludidos, amizades traídas, da dor produzida pelos rigores da vida que, querendo ou não, já os embala mais que meus braços.
   Saudades do tempo em que aninhava o Matheus em meu colo e fazia: "Tsi, tsi, tsi...tsi, tsi, tsi" dando levas tapinhas em seu bum-bum e facilmente o acalmava e fazia adormecer; tempo em que a Marília corria desesperada com qualquer coisa que logo perdia o poder de amedrontar, pois rapidamente agarrada a mim, do mundo podia até desdenhar...
   
Sei que protegê-los disso tudo seria tirar-lhes a vida, pois foi pra vencer isso tudo que eles vieram a vida. Mas como equacionar meu instinto com essa lógica brutal?

   Um dia desses cheguei bem perto de suprir minha falta: Eles trouxeram os colchões e dormiram em nosso quarto. Acordei de noite e os vi ali, seguros à nossa volta, ainda nossos filhotinhos tão carentes de nossos cuidados..

   Ah, meus filhos, como os amo...

   Ah, minha vida, ensina-me a falar-lhes numa linguagem que me compreendam...

   Ah, meu Deus querido, me pega em seu colo e me ensina, pois como eles, ainda não sei viver!!

   
   
   

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Matheus e Marilia evangelizando !!

Queridos, pensem em algo que realiza um pai...pois é.
No meu caso, é isso aí: O Matheus e a Marilia num ministério organizado por eles aqui em nossa igreja.
O MPC - Malucos por Cristo atua em terminais rodoviários e ônibus coletivos, fazendo apresentações artísticas com o objetivo de mostrar a alegria que eles tem em Cristo!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O Post a A Vida

   Dar um título a uma postagem é a parte mais difícil do negócio.
   Escrever não, escrever é moleza! começo com uma frase. Seja ela qual for. Qualquer coisa que me vier a cabeça: Pronto! Daí por diante basta ter tempo para formar as palavras.
   Pode-se até começar falando sobre a dificuldade de se dar um título a uma postagem..Algo mais ou menos assim:
        "Dar um título a uma postagem é a parte mais difícil do negócio".
   Daí por diante escrevo a próxima frase que me vier à mente; e a próxima, e a próxima...
   Com um começo deste falaria facilmente sobre a vida que, a exemplo de uma postagem, tem tantos assuntos quantos se desejarem. Ficando apenas o título desta a ser escolhido.
   Qual o título da minha vida? Se ela me leva a todos os assuntos do universo posso entitulá-la como quiser. Se a minha vida me coloca em contato com múltiplas realidades então tenho espaço pra chamá-la do que eu bem entender.

    Ah! Minha vida...como chamá-la então?
    Será que "A Dolorida" seria um bom nome pra você?
   Quantas dores e dissabores experimentei?
    E quantos pesares ainda sofrerei?
    Ótimo nome este.
    Acho que assim te chamarei!

   Mas o quê? que barulho é esse? Este insistente riso que embora sem hora e juizo reclama por atenção?
   Alguém poderia discordar que desta vida somente lágrimas pude contar?

   Se pudesse juntar todos os momentos de gargalhadas por que passei,
   poderia eu suportar ao menos a lembrança hilária
   desta verdadeira comédia em que contracenei?
   Pois com tantas alegrias e risadas,
   ó vida minha, de "A Engraçada" te chamarei.

   Na solidão morreria se não insistissem companhias mil!
   Esses amigos que, sem motivo, coloriram meus dias,
   traçam outro forte candidato ao tema que se dá 
   a essa existência que precisa de um nome a qual se chamar:
   "A Amada", preciso falar, pois com tantos admiradores 
   Te desejando contemplar, teu nome é esse não há o que duvidar!

   Filhos à volta, amigos sem fim; amores intensos,
   Tudo isso vivi.
   Animais de estimação, atividades realizadoras,
   Viagens dentro e fora, loucuras e equilíbrios;
   Ações bem pautadas e muitos, muitos delírios!

   Ah, vida! como te rotular?
   Como te reduzir e de uma coisa só te chamar?
   Como me permitir reduzir tudo isso a tão pouco?

   Pois daqui à pouco, tudo pode se transformar
   e então serei levado a experiências que farão tudo revolucionar;
   todas as lógicas emergentes irão sucumbir a uma nova rota
   que logo a tudo fará submergir!

   Te quero somente vida. Somente e com tudo isso!
   P'reu te olhar e abismado declarar que mesmo diante do assombro que me causas,
   mesmo à mercê das incertezas que me prometes,
   te quero intensa e avassaladora!!  Viva e transformadora!!

   Até que eu possa um dia te contemplar e te achar parecida com uma postagem,
   uma simples postagem pronta pra no blog postar!!